Vias verdes para salvar vidas

A implementação da via verde coronária e da via verde do AVC constituem os eixos do Programa Regional de Prevenção e Controlo das Doenças Cérebro – Cardiovasculares.

 

O médico Dinis Martins, gestor do programa, diz que a sua aplicação vai permitir salvar muitas vidas e diminuir significativamente as sequelas dessas doenças. Por outras palavras vai promover “maior sobrevivência com melhor sobrevivência”.

 

A implementação destas vias verdes implica a realização de protocolos, de modo a que as diferentes unidades de saúde harmonizem os procedimentos de tratamento, de referenciação e de encaminhamento dos doentes.

 

Por outro lado, serão desenvolvidas campanhas de divulgação com o objectivo de informar as pessoas sobre os sintomas que constituem sinais de alerta e que devem levá-las a procurar os serviços de urgência.

 

O gestor do programa diz que é importante que as pessoas tenham informação que lhes permita distinguir a dor coronária, de uma picada ou pontada. A dor no coração, que pode constituir motivo de preocupação, explica Dinis Martins, “é uma dor tipo peso, aperto, queimadura ou ardor no meio do peito, que pode espalhar-se para a garganta, para a mandíbula, ou também para os braços, para as mãos, ou para o estômago e que dura mais de trinta minutos”.

 

Neste caso, a pessoa deve procurar ajuda no serviço de urgência mais próximo.

 

 

Os profissionais de saúde, por seu lado, terão formação específica para reconhecerem rapidamente esses sintomas e documentarem com brevidade o diagnóstico para se proceder a uma terapêutica rápida e eficaz.

 

O protocolo definido para a via verde coronária determina que seja feito um electrocardiograma no espaço de dez minutos, de modo a confirmar se se trata ou não de um enfarte do miocárdio.

 

 

No caso do acidente vascular cerebral (AVC), os sintomas são a perturbação da fala, o desvio da estrutura labial ou a perca súbita de força num braço ou numa perna. Nestas circunstâncias, a pessoa deve, de igual modo, recorrer o mais rapidamente possível a um serviço de urgência.

 

As unidades de saúde também disporão de protocolos que lhes permitam, com celeridade, identificar e encaminhar o doente.

 

O programa Regional de Prevenção e Controlo das Doenças Cérebro – Cardiovasculares — um dos quatro programas do Plano Regional de Saúde já concluídos – assenta, de igual modo, em campanhas sobre estilos de vida saudáveis e factores de risco, estratégias que são, de resto, transversais a outros programas.

 

 

As doenças cérebro – cardiovasculares, nomeadamente os acidentes vasculares cerebrais (AVC) e a doença coronária (DC) ou doença isquémica do Coração (DIC), são a principal causa de mortalidade na Região Autónoma dos Açores, tal como se verifica no resto do país e em muitos países ocidentais. Estas doenças são também importantes causas de morbilidade, invalidez e anos potenciais de vida perdidos na população.

 

Com o Plano Regional de Saúde, pretende-se atingir melhores indicadores de Saúde, no ano de 2012.

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