“Existe uma desigualdade de tratamento em relação ao pagamento do subsídio de função, que também não é actualizado desde 2005. Esta greve pretende repor a igualdade e melhorar o que existe”, afirmou Paulo Marques, coordenador do Sindicato dos Trabalhadores de Actividades Diversas (STAD) nos Açores.
O sindicalista, em declarações à agência Lusa, salientou que este subsídio não é pago aos vigilantes-chefes e, no Inverno, apenas é pago metade aos trabalhadores que não fazem horário integral.
Por outro lado, Paulo Marques, afirmou que este subsídio é de 40 euros desde 2005, ao contrário do que aconteceu noutros aeroportos nacionais, onde já foi actualizado.
“Queremos que seja pago a todos sem excepção e que o valor suba para 100 euros”, frisou o dirigente sindical, salientando que a empresa ICTS se recusa a satisfazer as exigências dos trabalhadores.
“A empresa anunciou que vai passar a pagar 40 euros aos vigilantes-chefes e a totalidade do subsídio aos trabalhadores a tempo parcial, mas isso faz com que os restantes trabalhadores não tenham nenhuma melhoria na sua situação”, frisou.
A greve, que começa às 00:00 de quinta-feira e se prolonga até às 24:00 de sexta-feira, abrange os vigilantes privados dos aeroportos de Ponta Delgada, Horta, Flores e Santa Maria.
Em causa estão cerca de oito dezenas de trabalhadores, dos quais 10 são vigilantes-chefes.
O STAD espera “uma adesão à greve na ordem dos 90 por cento”, pelo que, segundo Paulo Marques, “alguns voos poderão ser cancelados, especialmente internacionais”.
Contactada pela Lusa, a ICTS escusou-se a fazer qualquer comentário sobre o assunto.
Lusa