Na análise do impacto da infecção VIH/SIDA nas condições laborais, o relatório aponta que “existe um conjunto de aspectos que levam, de forma gradual, os indivíduos a desistir de procurar um novo emprego”.
“A saber: a necessidade de terem que faltar para efeitos de consultas, tratamentos, levantamento de receitas e/ou medicamentos; os atrasos daqui decorrentes; a realização de um exame médico de admissão ao novo emprego; a possibilidade dos futuros empregadores pedirem referências de empregos anteriores o que conduz os portadores a recearem que o seu diagnóstico seja divulgado e que não sejam admitidos”, lê-se no documento.
Das 1.634 pessoas inquiridas, num estudo que decorreu entre finais de 2009 e meados de 2011, a maioria (51,3 por cento) encontrava-se a trabalhar, sendo que a situação de desemprego afectava 437 pessoas (26,8 por cento).
“De facto, na nossa população, 51,3 por cento não conseguiu encontrar emprego, e, entre aqueles que conseguiram, para 17,3 por cento, tal só sucedeu após 24 meses”, revelam os investigadores.