“A época das vindimas está a terminar e os resultados obtidos este ano só podem ser classificados de extraordinários. As melhores expetativas dos viticultores confirmaram-se”, salientou esta quinta-feira, João Ponte, no final de uma reunião com a Direção da Cooperativa Vitivinícola da ilha do Pico.
Para o Secretário Regional da Agricultura e Florestas, 2018 ficará para a história das vindimas como um dos melhores anos de sempre na ilha do Pico, quer em termos de quantidade, quer no que se refere à qualidade da uva, fruto das condições atmosféricas muito favoráveis para esta cultura que se registaram este ano, tendo a Cooperativa Vitivinícola da ilha do Pico recebido até ao momento, 350 toneladas de uvas, quando, em 2017, recebeu apenas 100 toneladas, o que significa um crescimento de 250%.
“É verdade que, do ponto de vista do clima, tivemos um ano bastante favorável, mas este resultado deve-se sobretudo à capacidade empreendedora dos viticultores do Pico, que souberam aproveitar as oportunidades criadas pelo programa VITIS, à experiência acumulada nesta área e ao grande empenho e dedicação que empreguem nesta cultura”, afirmou João Ponte.
Relativamente ao programa comunitário VITIS, para reestruturação e reconversão de vinhas, João Ponte revelou que, só nos primeiros sete meses deste ano, já foram pagos 2,4 milhões de euros aos viticultores açorianos.
Desde 2014 já foram aprovados 470 projetos no âmbito do VITIS, com uma área de 765 hectares de vinha, num investimento de 20,3 milhões de euros, sendo a ilha do Pico a mais expressiva no todo regional, totalizando 94% das candidaturas.
“Estes indicadores dão bem nota do grande dinamismo e da pujança que a vitivinicultura tem presentemente na Região, com particular destaque para a ilha do Pico, projetando um futuro muito promissor para este setor”, considerou João Ponte.
O dinamismo em torno da vinha e do vinho não se verifica, no entanto, apenas na ilha do Pico, tendo o governante destacado o caso da vizinha ilha do Faial, onde foi aprovado quarta-feira um projeto, no âmbito da submedida 4.2 do PRORURAL+, que visa criar uma indústria de vinificação de vinho branco, transformação e embalamento, num investimento proposto de meio milhão de euros.
João Ponte disse ainda que este projeto no Faial contempla a criação de 19 postos de trabalho, dois permanentes e 17 temporários.
O Secretário Regional destacou o facto de os vinhos açorianos serem cada vez mais vistos como um produtos de excelência e que têm alcançado uma grande notoriedade, fruto da inovação e da formação que têm associados.
“A estratégia para o setor da vinha está definida, os resultados são francamente positivos e há cada vez maior apetência para produzir vinho nos Açores”, frisou, salientando que a vinha é geradora de riqueza, de postos de trabalho e tem contribuído para recuperar territórios abandonados.