O Secretário Regional do Turismo e Transportes reafirmou hoje, em São Jorge, que a aposta na qualificação é uma vertente fulcral para o turismo, já que, além de potenciar a sua promoção, acarreta benefícios diretos para as empresas, assegurando a qualidade da sua oferta e tornando-as economicamente mais fortes.
Vítor Fraga, que falava no encerramento da VII Bienal de Turismo em Espaço Rural, que decorreu nas Velas, frisou que este é um segmento estruturante do setor que, fruto de uma aposta continuada, é agora um exemplo a nível nacional.
Para o Secretário Regional, é, no entanto, necessário responder aos novos desafios, na qualificação da oferta e consequente melhoria, entre outros aspetos, do atendimento proporcionado aos visitantes. “Temos que ter a consciência de que receber bem é sinónimo de criar riqueza, dinamização económica, manter e criar postos de trabalho. Esta é uma tarefa de todos nós e em que a formação profissional assume uma importância fundamental”, salientou Vítor Fraga, revelando também a intenção de lançar, em conjunto com as várias entidades regionais na área de formação, um programa abrangente que qualifique cada vez mais o setor e possibilite uma mão-de-obra fortemente orientada para a satisfação do cliente.
“Quem nos visita e procura experiências como os nossos trilhos, a BTT, a observação de cetáceos, o canyoning, entre outras atividades diretamente ligadas à natureza, no final do dia procura conforto extremo e é isso que temos que ser capazes de fornecer nas nossas unidades de alojamento, nomeadamente no turismo rural”, frisou Vítor Fraga, lembrando que o novo sistema de incentivos Competir+ disponibiliza várias ferramentas para esse fim.
O Secretário Regional revelou ainda que o Executivo está a proceder à reclassificação das unidades de alojamento turístico existentes, em particular os empreendimentos de turismo rural, efetuando auditorias a todos os estabelecimentos nas nove ilhas. “Pretendemos reformular o enquadramento legal desta tipologia, estabelecendo uma escala de qualificação das unidades de alojamento”, afirmou, acrescentando que “esta medida passa por criar um quadro de requisitos obrigatórios e opcionais, à semelhança dos quadros referentes ao critério de instalações, qualificação e funcionamento dos hotéis e apartamentos turísticos”.
Na sua intervenção, Vítor Fraga salientou ainda a intenção de incluir requisitos referentes à qualidade ambiental e à valorização de produtos e serviços produzidos na zona dos empreendimentos. “A capacidade de nos diferenciarmos pela qualidade e inovação permite-nos ir ao encontro das expetativas da procura nacional e internacional e fortalecer-nos como destino turístico no exterior, porque só assim, aumentando o nível de excelência da oferta turística, seremos mais competitivos e conquistaremos a notoriedade que tanto ambicionamos”, afirmou.
Vítor Fraga sublinhou ainda o trabalho realizado pelas Casas Açorianas na dinamização do turismo em espaço rural, que destacou como um bom exemplo do que pode ser alcançado nas parcerias entre entidades públicas e privadas neste setor, que é cada vez mais estruturante da economia regional. “O facto de ser a VII Bienal dá bem mostra de que o turismo na Região tem sido uma aposta continuada e que é encarado como um setor capaz de ser indutor de desenvolvimento de outros setores de atividade”, afirmou o Secretário Regional, destacando que há ainda um longo caminho a percorrer, mas que será possível atingir o sucesso “com o empenho e espírito de cooperação entre entidades públicas e privadas”.